segunda-feira, 6 de agosto de 2018

Hepatócitos e Hepatomas


UNIVERSIDADE FEDERAL DO SUL DA BAHIA (UFSB)

Ana Paula Fernandes Oliveira
Cursando Licenciatura em Ciências da Natureza e suas Tecnologias





HEPATÓCITOS
E
HEPATOMAS


Essa pesquisa foi proposta pelo Docente Marcelo Loureiro, onde leciona o componente Biologia Celular.

Fígado

O fígado é um grande órgão localizado abaixo do nosso diafragma   na parte superior do lado direito do abdômen ele é responsável por diversas funções do nosso organismo como por exemplo: Armazenar e liberar glicose; processar drogas e hormônios; destruir células sanguíneas desgastadas e bactérias; armazenar vitaminas (A, B12, D, E e K) e minerais (ferro e cobre); regular o volume sanguíneo, agir como ação antitóxica contra substâncias nocivas ao organismo como o álcool, a cafeína, gorduras etc.

Hepatócitos
Os hepatócitos são as células que constituem o parênquima do fígado correspondendo a 80% de sua população celular. Por serem ricos em retículo endoplasmático liso, os hepatócitos têm um papel ativo na desintoxicação e neutralização de toxinas através de processos de acetilação, conjugação, metilação e oxidação.

Clique no link e observe a seguinte imagem

O próximo link mostra a estrutura de um hepatócito de um rato, adicionei aqui pra nos trazer uma entendimento melhor de sua estrutura, já que há algumas semelhanças.



Os hepatócitos são células poligonais com aproximadamente 30μm de comprimento por 20μm de largura e se organizam em placas que se anastomosam e formam unidades morfológicas chamadas de lóbulos hepáticos. Estas placas são formadas por uma única camada de células que se orienta radialmente formando figuras poliédricas de cerca de 0,7 por 2mm de área. Em sua maioria estes lóbulos hepáticos possuem suas laterais intimamente associadas umas às outras, porém em determinadas regiões, entre os lóbulos, há a presença de tecido conjuntivo e vasos sanguíneos, estas regiões localizam-se nos vértices das figuras poliédricas e recebem o nome de espaço-porta. Cada espaço-porta é recoberto por uma capa de tecido conjuntivo e contém em seu interior uma arteríola, uma vênula, um ducto biliar, nervos e vasos linfáticos.
Entre cada placa formada pelos hepatócitos há um espaço chamado espaço de Disse onde é possível observar capilares sinusóides. Além do espaço de Disse, outra estrutura que fica entre os hepatócitos é o canalículo biliar formado pelo contato entre dois hepatócitos adjacentes.

O link a seguir nos trará uma imagem de microscopia optica de um hepatócito.

Os hepatócitos, quando observados com microscopia de luz, apresenta citoplasma granular devido a presença de grumos basófilos que representam as mitocôndrias e o retículo endoplasmático rugoso. Devido a sua função de desintoxicação do corpo, possuem em seu interior uma grande quantidade de lisossomos e peroxissomos, além de complexo de golgi bem desenvolvido. O núcleo do hepatócito é grande e central apresentando forma arredondada ou oval apresentando um ou mais nucléolos. Podem ser observados células que possuem dois ou mais núcleos. As células binucleadas representam cerca de 25%.
Neste tipo celular é comum a presença de uma condição genética onde, no núcleo celular, são encontrados mais de dois conjuntos de cromossomos homólogos chamada de poliploidia. A poliploidia nos hepatócitos pode ocorrer em até 80% das células. Por ser um tipo celular muito ativo, o citoplasma das células do fígado é rico em organelas, são encontradas cerca de 2 mil mitocôndrias, 300 lisossomos e o retículo endoplasmático ocupa cerca de 15% do volume celular. Ainda no citoplasma, é encontrada uma grande quantidade de glicogênio geralmente associado ao retículo endoplasmático liso, este glicogênio serve como reserva de glicose para o organismo.
 Hepatomas
Hepatoma, ou hepatocarcinoma ou carcinoma hepatocelular são neoplasias malignas, ou seja, um câncer. Todo câncer se origina de uma multiplicação descontrolada da célula, no caso do câncer do fígado é uma proliferação dos hepatócitos. Lembrando que muitas das vezes esses tumores são metástases de câncer em outros órgãos. Não se sabe como se inicia o hepatoma, mas existe uma grande possibilidade de originar em portadores do vírus de hepatite B e C, da cirrose por conta do álcool ou por qualquer outra causa, por co-infecção pelo vírus da hepatite D ou a exposição à aflatoxina (toxina produzida por um fungo que contamina alguns alimentos).
Esses tumores são classificados pelo seu tamanho, pela sua cor ou pela sua forma de crescimento, eles são denominados a massa unifocal, a nódulos multifocais onde estão por toda a parte do fígado e variam de tamanho e a neoplasias maligna, totalmente infiltrante permeando todo o órgão e muita das vezes o comprometendo por inteiro. Os três tipos podem tornar uma hepatomegalia. Eles tendem a possuir uma cor mais pálida, que é diferente das substâncias hepáticas que estão ao seu redor ou as vezes podem ser verdes, quando estão cobertos de hepatócitos, onde possuem capacidade secretarem a bile.

O link a seguir, mostra um vídeo, explicando como isso acontece, serve para entendermos melhor.

Sintomas
Antes que o tumor fique grande e cause complicações ele passa desapercebido. Os sintomas podem ser: dores abdominais, perda de peso, falta de apetite, aumento do tamanho do fígado (hepatomegalia) que pode ser percebido à palpação, icterícia e ascite (esses dois últimos sintomas normalmente aparecem em casos avançados da doença).


Diagnóstico
O diagnóstico é feito com base no historio, exame clínico e laboratoriais. São realizados exames de imagem também, como ultra-sonografia ou tomografia computadorizada do abdômen, onde aparecem os nódulos. Em pacientes com hepatoma, as concentrações de alfafetoproteína sanguínea encontram-se elevadas. Exames de sangue também podem revelar concentrações muito baixas de glicose ou muito elevadas de cálcio, lipídios ou eritrócitos. O diagnóstico definitivo pode ser feito através de uma biópsia.
Se houver suspeita de carcinoma hepatocelular, o seguinte é realizado:
·         Exames de sangue para medir os níveis de alfa-fetoproteína: essa proteína é normalmente produzida pelo feto, e os níveis diminuem bastante por volta de 1 ano de idade. Os níveis são altos em cerca de metade das pessoas com carcinoma hepatocelular.
·         Exame físico: os médicos palpam a parte superior direita do abdômen para verificar se há fígado aumentado ou massa. Eles podem colocar um estetoscópio sobre o fígado para ouvir os sons causados pelo câncer. Por exemplo, eles ocasionalmente conseguem ouvir determinados ruídos (sopros hepáticos, provocados pela passagem de sangue pelos vasos sanguíneos dentro do câncer) ou sons de atrito (sons de fricção, que são provocados pelo atrito do câncer na superfície do fígado e nas estruturas adjacentes).
·  Exame de imagem: os médicos podem usar a ultrassonografia, a tomografia computadorizada (TC) ou a ressonância magnética (RM) do abdômen para verificar o carcinoma hepatocelular. A TC e a RM tendem a ser mais precisas do que a ultrassonografia. Antes da realização de uma TC ou RM, um contraste é geralmente injetado em uma veia. O agente de contraste ajuda a facilitar a visualização das anormalidades, se houver.
Se o diagnóstico ainda não for claro, uma biópsia hepática (remoção de uma pequena amostra de tecido do fígado com uma agulha para exame ao microscópio) pode confirmar o diagnóstico. Para aumentar as possibilidades de obter uma amostra de tecido maligno, os médicos recorrem frequentemente à ultrassonografia ou TC, para guiar o posicionamento da agulha de biópsia. O risco de sangramento ou outras lesões durante uma biópsia hepática é geralmente baixo.

Tratamento
  • Cirurgia ou transplante de fígado
  • Ablação por radiofrequência, crio ablação ou radioterapia interna
O tratamento do carcinoma hepatocelular depende da extensão do câncer. Tumores pequenos limitados ao fígado podem ser tratados com transplante hepático.
Somente o transplante de fígado ou a remoção cirúrgica do câncer frequentemente oferece alguma esperança de cura. Entretanto, quando o câncer é cirurgicamente removido, ele frequentemente volta a aparecer. Além disso, a remoção do câncer em pessoas que têm cirrose pode não ser possível, porque uma parte extensa do fígado está lesionada.
Quando o transplante ou a cirurgia não é possível ou quando as pessoas estão aguardando por transplante de fígado, os tratamentos que focam o tumor e as áreas ao redor dele podem ser usados. Esses tratamentos podem ajudar a diminuir o crescimento do câncer e aliviar os sintomas. Por exemplo, os médicos podem injetar um produto químico que destrói as células de câncer dentro dos vasos sanguíneos do câncer. Ou eles podem usar tratamentos que aplicam energia às células de câncer, portanto, destruindo-as. Três desses tratamentos são
  • Ablação por radiofrequência (que usa energia elétrica)
  • Crio ablação (que usa o frio)
  • Radioterapia interna seletiva (que usa radiação)
Entretanto, esses tratamentos não destroem todas as células de câncer. A terapia por radiação aplicada na parte externa do corpo é geralmente ineficaz.
Os quimioterápicos podem ser injetados na veia ou na artéria hepática. Os quimioterápicos injetados diretamente na artéria hepática consistem em uma grande quantidade de medicamentos administrados na artéria hepática diretamente para as células de câncer no fígado. O quimioterápico sorafenibe é eficaz contra o carcinoma hepatocelular. Outros quimioterápicos estão sendo estudados como tratamento para esse câncer.
  Esta imagem é de um tecido hepático saudável onde mostra várias hepatócitos, podemos observar os núcleos que são a as bolinhas roxas.

Esta imagem é um desenho da estrutura de um hepatócito onde o fígado está sendo agredido pelo álcool.




Esta imagem é um desenho de um fígado doente onde podemos observar uma análise de suas o quão está alterada.

Esta imagem é uma micrografia eletrônica de tecido hepático com vários hepatócitos cancerígeno onde podemos observar uma grande quantidade de células, tudo amontoada uma em cima da outra, e o tecido corrompido.


Referências
BERGER,Bruno;Hepatócitos, Histologia, Sistema endócrimo; Infoescola navegando e aprendendo. Disponível em: <https://www.infoescola.com/histologia/hepatocitos/> acesso em: 25 de junho de 2018.
MELDAU, Débora Carvalho; Hepatocarcinoma,Doenças digestivas; Infoescola navegando e apredendo. Disponível em: <https://www.infoescola.com/doencas/hepatocarcinoma/> acesso em: 28 de julho de 2018.
HENRRINE, Steven K. ; Carcinoma hepatocelular, Distúrbios hepáticos e davesícula biliar; Tumores no fígado. Manual MSD, Versão Saúde Familiar. Disponível em: <https://www.msdmanuals.com/pt-br/casa/dist%C3%BArbios-hep%C3%A1ticos-e-da-ves%C3%ADcula-biliar/tumores-do-f%C3%ADgado/carcinoma-hepatocelular> acesso em: 03 de agosto de 2018.




















































































































































































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